sexta-feira, 1 de junho de 2007

Maraca mágico!

Diz o ditado popular que para um homem marcar sua passagem aqui na terra é necessário plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Após essa quarta-feira, 30 de maio, eu acrescentaria também nessa relação: assistir uma final do seu time do coração num Maracanã lotado...

Acompanho futebol desde garoto quando aos domingos ia aos jogos do Figueira no Scarpelli. Os preparativos em casa, vestir o meião, colocar a chuteira, o calção e a camisa do “Furacão do Estreito” era pra mim algo muito especial.

Meu pai então jornalista da Rádio Guarujá, me levava a tira-colo e como mascote entrava no gramado ao lado dos craques da época. Pinga, Caco, Luis Everton, Adailton, Tião Marino e Casagrande eram os meus ídolos naquele distante campeonato nacional.

Estar no Maracanã na noite da última quarta-feira acompanhando o meu Figueira na final da Copa do Brasil me fez reviver esses momentos. O estádio lotado, as bandeiras tremulando, os gritos das torcidas compunham um cenário inacreditavelmente mágico. Estava com a máquina fotográfica mas resolvi não tirá-la do bolso, preferi apenas guardar aqueles momentos na memória e eternizá-los no coração.

Já havia estado no Rio de Janeiro em inúmeras ocasiões, porém nunca tido a oportunidade de assistir um jogo, e como marinheiro de primeira viagem, mesmo hoje aos 40, confesso ter sido uma experiência inesquecível.

E eu não estava lá num jogo qualquer. Isso ficou evidente no silêncio da torcida tricolor provocado pelo gol de Henrique nos minutos finais da partida. Na mesma trave em que o uruguaio Chiggia calou toda uma nação em 1950. Na mesma trave que Renato Gaúcho silenciou os rubro-negros com um gol de barriga na final do carioca e também na mesma trave que Petkovic, de falta, fez o gol do Flamengo contra o Vasco também numa final. Os gritos e todo barulho provocados pela nossa torcida e toda a confraternização que tomou conta entre todos não me saem da cabeça mesmo hoje, sexta-feira, 48 horas após o primeiro confronto.

Não importa. Seja você apaixonado por futebol, torcedor de qualquer time, seja ele o Figueirense, Avai, Joinville, Criciúma, Brusque, Guarani da Palhoça, ou o que for. Quando um dia seu time do coração estiver jogando no Maracanã, não assuma qualquer compromisso. Abandone tudo. Jamais deixe de estar lá para viver uma emoção única que renova a alma da gente.

Você nunca mais vai esquecer da magia e do poder da Nave Maracanã.

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